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O Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO – entidade científica e representativa máxima da Oftalmologia
no país, filiada à Associação Médica Brasileira/AMB e única legalmente autorizada a realizar a prova de título de especialista em Oftalmologia no país, legitimada perante o Conselho Federal de Medicina/ CFM e reconhecida pela Comissão Mista de Especialidades, nos termos do Decreto n. 8.516/2015, da Resolução CFM n. 2.330/2023 e da Resolução CME n. 01/2023, vem a público informar o que segue.
Na última sexta-feira, 17/11/2023, o programa Globo Repórter teve como pauta a visão, com ênfase nos avanços tecnológicos da especialidade.Durante o programa, no tema tratamento do glaucoma, foi apresentada a opção cirúrgico por meio de implantes oculares denominados “stents” com intuito de reduzir a pressão intraocular.
Sobre o uso destas tecnologias para o tratamento do glaucoma, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia
(CBO) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) vêm a público esclarecer que:
• Os stents vêm sendo desenvolvidos há muitos anos, e só na última década, alguns desses dispositivos
foram colocados à disposição, e, após avaliação de seus resultados, foram aprimorados e redesenhados.
Alguns stents foram, inclusive, retirados do mercado.
• A evolução dos dispositivos é fato, contudo ainda estamos longe do tratamento único e ideal. Glaucoma não tem cura, mas controle, e tais dispositivos não promovem a estabilização da pressão ocular indefinidamente. Ao contrário, podem ter resultados menos intensos e mais efêmeros que técnicas cirúrgicas clássicas.
• Existem diferentes formas de tratamento para os diferentes tipos de glaucoma, incluindo medicamentos, laser e outras técnicas cirúrgicas muito bem estabelecidas há vários anos, as quais não foram mencionadas nessa reportagem, o que pode levar pacientes à errônea conclusão de que não são efetivos ou, ainda, que estão ultrapassados.
• A escolha da opção de tratamento deve ser determinada pelo médico oftalmologista, que levará em consideração várias particularidades do indivíduo portador de glaucoma. A proposta de tratamento é personalizada para cada paciente. A avaliação de critérios, como o tipo do glaucoma, anatomia ocular, o estágio de comprometimento da doença, a existência de doenças sistêmicas associadas ao glaucoma, entre outros aspectos, é fundamental na escolha da opção de tratamento. Assim, existem várias situações clínicas no glaucoma nas quais o tratamento com essas tecnologias não é adequado.
Temos que ressaltar que os médicos oftalmologistas são qualificados para o tratamento do glaucoma com ciência dos avanços mais recentes. Todas as estratégias de tratamento para o glaucoma estão disponíveis para a população brasileira, tanto no sistema público quanto privado.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) seguirão
firmes no seu propósito de acompanhar, avaliar e propor pautas de relevância, sempre com a preocupação
de oferecer o melhor à população.
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